Entre as solidões da casa e do mundo: recolhimentos e acolhimentos domésticos de si e dos outros em época de Covid-19

Humberto Fois-Braga, Leandro Benedini Brusadin

As viagens pelo mundo representavam, antes da pandemia, uma forma de consumo com a prerrogativa de gozo intenso da vida e, também, de provação social. Nas atuais circunstâncias, a casa, menosprezada por muitos sujeitos como meio anti-social, tornou-se o espaço da preservação da vida e o único meio de relações com o mundo exterior. Este ensaio busca realizar um diálogo quanto ao recolhimento doméstico a partir dos escritos literários setecentistas do francês Xavier de Maistre, em justaposição com as reflexões críticas da modernidade líquida de Zygmunt Bauman e dadas interfaces filosóficas com Jacques Derrida. Consideramos, aqui, que estamos vivendo um rito de passagem diante do confinamento e do distanciamento social os quais podem promover metamorfoses nas relações de alteridades consigo mesmo e com o outros. A solidão da casa, expressa nas viagens pelos cômodos físicos e mentais, pode(ria) promover transformações no atos de hospitalidade.

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