Programa de visitação do Parque Estadual da Serra do Papagaio (MG): Desafios e Oportunidades para o estabelecimento de parcerias.

Gustavo de Paiva Resende Toledo. Trabalho Final Apresentado Ao Programa de Mestrado Profissional em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável Como Requisito parcial à obtenção do Grau de Mestre. IPÊ – INSTITUTO DE PESQUISAS ECOLÓGICAS, Nazaré Paulista, 2018.

Esta pesquisa foi desenvolvida no Parque Estadual da Serra do Papagaio com o objetivo de propor arranjos de parcerias para o programa de visitação que até o momento não foi implantado oficialmente nesta unidade de conservação de proteção integral, localizada no sul do estado de Minas Gerais. Como fundamentação teórica para embasar esta pesquisa foram abordados os seguintes tópicos: áreas protegidas; uso público em parques; e, parcerias para a visitação em parques. Através de uma pesquisa qualitativa complementada por experiências e vivências do pesquisador na região, foi realizada uma revisão do atual plano de uso público do parque, entrevistas em grupo com interlocutores ligados à visitação do Parque, como também a participação em eventos promovidos pelo órgão gestor da unidade e entidades parceiras. Com base nos dados coletados foram analisados e discutidos os seguintes resultados: os desafios e oportunidades para a implantação da visitação; e as recomendações para o estabelecimento de parcerias por atividades e serviços a serem ofertados no Parque e seu entorno. Tais recomendações visam contribuir de fato na implantação ordenada e controlada da visitação no Parque Estadual da Serra do Papagaio. Com os resultados desta pesquisa fica evidente o potencial que o entorno do Parque possui para o desenvolvimento de roteiros de turismo de base comunitária, integrando os atrativos e produtos que já são oferecidos aos visitantes, porém de forma pontual em cada localidade. Neste sentindo, há necessidade de incentivar o associativismo entre os guias e os condutores ainda não credenciados no Parque, como também o fortalecimento do empreendedorismo comunitário. Conclui-se que o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais deve buscar proporcionar e estabelecer um arranjo de parcerias prioritariamente em curto e médio prazo numa escala local junto ao micro e pequenos empreendedores como também com as associações e cooperativas na condição que tenham a capacidade de oferecer serviços básicos de hospedagem, alimentação e de transporte para os visitantes do Parque proporcionando a conservação da biodiversidade e valorização da cultura local.

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